Quase 24 mil pessoas já assinaram abaixo-assinado em defesa do Saúde Caixa

Campanha “Queremos Saúde, Caixa” reforça mobilização e amplia participação de empregados na luta pela melhoria do plano de saúde

A campanha “Queremos Saúde, Caixa”, promovida por empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal com o apoio de sindicatos, tem ganhado força e alcançado resultados expressivos. Somente entre os meses de fevereiro e março, a mobilização resultou na adesão de quase 24 mil pessoas ao abaixo-assinado “Saúde Caixa - 300 Mil Vidas Pedem Atenção”, criado pela empregada aposentada e defensora do plano de saúde, Bete Moreira.

A ação envolveu visitas a agências e departamentos administrativos da Caixa, postagens nas redes sociais e o envio de mensagens via aplicativos para ampliar a participação na iniciativa. O movimento visa alertar sobre a necessidade de melhorias no plano de saúde oferecido aos empregados da instituição.

A história de Bete Moreira e sua luta pelo Saúde Caixa

Bete Moreira é uma empregada aposentada da Caixa que atua voluntariamente na defesa do Saúde Caixa. Apesar de não estar vinculada a entidades sindicais, sua militância tem sido fundamental para mobilizar a categoria e pressionar por melhorias no plano.

“O apoio ao abaixo-assinado é, na verdade, o apoio a essa luta coletiva, que é de todos nós, empregados e empregadas da Caixa”, destacou Rafael de Castro, diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa.

Rafael reforça que a principal reivindicação é a ampliação da rede credenciada e a revisão de questões operacionais do plano, com o objetivo de melhorar o atendimento tanto para os usuários quanto para os prestadores de serviço do Saúde Caixa.

Reivindicações e principais desafios

Além da melhoria na rede credenciada, outra grande demanda dos empregados é a revisão do teto de custeio do plano de saúde. Atualmente, devido a esse limite imposto pela Caixa, os empregados arcam com quase 50% dos custos do plano, apesar do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) prever que o banco deve custear 70% das despesas.

“Defendemos que o Saúde Caixa seja mantido com suas coberturas diferenciadas, que vão além das exigências da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e garantem uma assistência de qualidade aos empregados da Caixa”, afirmou Eliana Brasil, secretária de Formação da Contraf-CUT e empregada da Caixa.

Campanha “Queremos Saúde, Caixa” segue firme

A campanha foi iniciada em fevereiro, incentivando os empregados a registrar diretamente na Central Saúde Caixa as reclamações que anteriormente eram reportadas apenas aos sindicatos. Essa estratégia teve como objetivo mostrar aos gestores do plano que as demandas vêm diretamente dos trabalhadores que utilizam o serviço.

Em resposta à mobilização, a Caixa anunciou que retomará os comitês de credenciamento e descredenciamento do Saúde Caixa, vinculados às Gipes e Repes (gerências e representações regionais de pessoas). Essa medida é vista como um avanço na busca por soluções para os problemas enfrentados pelos beneficiários do plano.

“Nossa mobilização continuará até que essas melhorias sejam implementadas e que o teto de custeio seja revisto”, garantiu Eliana.

Próximos passos

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa já planeja novas atividades da campanha para o mês de abril, com foco na implementação dos comitês regionais. A expectativa é que esses grupos contribuam na indicação de clínicas, hospitais e profissionais de saúde, além de resolver questões operacionais relacionadas a reembolsos e pagamentos aos prestadores de serviço.

“É essencial que essas medidas sejam adotadas rapidamente para garantir um plano de saúde mais eficiente e acessível para todos os empregados da Caixa”, finalizou Rafael de Castro.

A mobilização continua! Para mais informações e detalhes sobre como apoiar a campanha, fique atento aos canais oficiais do sindicato.