O Banco do Brasil obteve lucro líquido de R$ 8,55 bilhões nos três primeiros meses de 2023, alta de 28,9% em comparação com o mesmo período do ano passado. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), índice que mede a rentabilidade do banco, aumentou 2,9 pontos percentuais (p.p) em doze meses, alcançando 20,8%. Já o patrimônio líquido do banco ficou em R$ 169,533 bilhões, alta de 10,8% em um ano. Os desembolsos para a safra 2022-2023 para médio produtor e para agricultura familiar cresceram, respectivamente, 43,7% e 19,9%, em relação aos desembolsos feitos à safra anterior. Para a agricultura empresarial, a expansão do crédito foi de 37,9%, no período. A Carteira Ampliada Agro expandiu 4,1% no trimestre e 26,7% em 12 meses. Neste nicho, o crédito ao pequeno produtor cresceu 12,8%; o crédito para médio e grande produtores, 32,2%; e para empresas do setor, 16,4% no ano. “Esse resultado na ampliação de crédito para a agricultura familiar, para os pequenos e médios produtores é positivo, porque está em linha com o que os trabalhadores e o movimento sindical sempre defenderam, que é a recuperação do papel do BB como um banco público voltado ao desenvolvimento do país”, observou a representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes. “Nós desejamos que o crédito para a agricultura familiar, para o pequeno agricultor, expanda ainda mais. Como os dados do IBGE revelam, cerca de 70% dos alimentos que chegam à mesa da população brasileira são produzidos pela agricultura familiar. Portanto, financiar esse setor é, também, garantir segurança alimentar no país”. Segundo o relatório do banco, entre os fatores que contribuíram para o novo recorde de lucro estão, pela ordem, o crescimento na margem financeira bruta, receitas de prestação de serviços e do resultado em controladas, coligadas e joint-ventures. O banco também destacou que as despesas com Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) recuaram 8,4% em 12 meses, totalizando R$ 4,139 bilhões no primeiro trimestre de 2023. O índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,62%, aumento de 0,73 p.p. em relação a março de 2022, se mantendo inferior à inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional (3,30%).
Menos funcionários
O total de clientes (correntistas, poupadores e beneficiários do INSS) cresceu 2,7 milhões, alcançando 82,05 milhões em março de 2023. Entretanto, ao final do trimestre, o BB contava com 85.457 funcionários, com fechamento de 1.009 postos de trabalho em 12 meses, mesmo tendo havido convocação de candidatos aprovados em concurso público ao longo de 2022. “O banco realizou um concurso público em abril deste ano. Mas, o número de vagas abertas por esse concurso, ainda não é o suficiente para recompor o quadro perdido entre 2016 e 2022, por conta das reestruturações”, avalia Fernanda. O número de agências tradicionais se reduziu em quatro unidades e o de agências digitais e especializadas em uma unidade, totalizando 3.172 e 808 agências, respectivamente. Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Contraf-CUT.
Fala do Sindibancários Extremo Sul da Bahia
Para o diretor sindical Moisés Araújo, estamos com uma extensa pauta de reivindicações específicas para lutarmos por melhores condições de trabalho e saúde para os funcionários do BB.
"É hora do banco reconhecer todo esforço do funcionalismo, os verdadeiros responsáveis pela alta produtividade e lucratividade alcançada no balanço desse trimestre", completou Moisés.
Fonte: Contraf-CUT.
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