28 de fevereiro foi o Dia Internacional de Prevenção às Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort). Doenças desses tipos acometem trabalhadores de vários países do mundo não só pelos avanços tecnológicos, mas também pela cobrança abusiva de metas e pressão sobre os trabalhadores por desempenho. Neste quesito, a categoria bancária é uma das mais atingidas pelo adoecimento.
No Brasil, segundo dados do INSS, os bancários adoecem 150% vezes a mais que a população em geral em relação às LER/DORT. Entre 2012 e 2017, 24.514 afastaram-se por doenças relacionadas ao trabalho. Destes, 12.678 afastaram-se por tendinites, bursites ou lesões no túnel do Carpo, consideradas LER/DORT, o que representa 51,71% do total.
Sobrecarga e redução de postos de trabalho
A redução nos postos de trabalho, aumento da carga horária e do volume de trabalho e a sobrecarga de trabalho também têm impacto direto nos números das LER/DORT entre os bancários e nos custos da doença no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com afastamentos, pensões e até mesmo aposentadorias.
De acordo com nota técnica realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a incorporação de novas ferramentas de gestão, a forte pressão quanto ao tempo para atingirem seus resultados, o aumento do controle, o prolongamento da jornada e o aumento da competitividade trouxeram, por consequência, o maior adoecimento da categoria bancária.
Com informações Contraf CUT
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