Depois de criticar o isolamento social e declarar que é “melhor” a população se infectar com o coronavírus “o quanto antes para que a economia volte a funcionar normalmente”, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, apronta mais uma vez.
De forma unilateral, a direção da empresa obriga os trabalhadores a tirarem férias compulsórias, incluindo aqueles que estão no grupo de risco. Os funcionários estão sendo assediados para aceitar a decisão, tomada sem qualquer negociação.
De acordo com informações o Itaú e o Santander também têm adotado práticas semelhantes, impondo férias sem aviso ou acordo. Os bancos usam como base o artigo 3º, II e art. 6º, § 1º, da MP 927, editada por Bolsonaro há 15 dias e que atende apenas aos interesses dos patrões.
A medida obriga o trabalhador a utilizar as férias sem programar e em momento de reclusão social, desrespeita a Convenção Coletiva de Trabalho que exige negociação prévia com os Sindicatos.
Há denúncias de que o banco também assedia funcionários para que retornem às atividades normais, deixando o tele trabalho. Para se livrar de qualquer responsabilidade, obriga os bancários a assinarem uma declaração informando que não residem com pessoas do grupo de risco. Prática horrível que coloca em risco a vida de milhares de brasileiros.
Comments